A Polícia Federal voltou à carga contra o escândalo de fraudes no INSS e deflagrou, nesta terça-feira (17), a quarta fase da Operação Sem Desconto. O alvo: mais um pedaço da quadrilha que enriqueceu às custas dos aposentados brasileiros.
Dois investigados foram presos preventivamente nas cidades de Aracaju e Umbaúba, em Sergipe. Além disso, a PF cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Aracaju, Cristinápolis e Umbaúba. Entre os bens bloqueados estão R$ 12 milhões em imóveis, incluindo duas fazendas em Cristinápolis e três apartamentos na capital sergipana.
As ordens foram expedidas pela 3ª Vara Federal de Sergipe, que também determinou o bloqueio patrimonial de cinco imóveis ligados diretamente aos investigados.
Essa investigação ganhou força após uma série de reportagens publicadas na internet, a partir de dezembro de 2023. O levantamento revelou que 29 entidades estavam descontando mensalidades diretamente do benefício de aposentados — sem autorização clara — e que, juntas, arrecadaram R$ 2 bilhões em um ano.
As denúncias provocaram uma reação em cadeia: a PF abriu inquérito, a CGU entrou na jogada e, em abril, a Operação Sem Desconto foi deflagrada. Resultado? O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, perderam seus cargos.
Com base em várias matérias na internet, a PF vem desmantelando o esquema em etapas. E pelo andar da carruagem, ainda tem muito nome graúdo para cair.
