O número de pessoas vivendo nas ruas do Brasil aumentou de forma preocupante nos últimos anos. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o país ultrapassou a marca de 280 mil pessoas em situação de rua em 2022, o que representa um crescimento de 38% entre 2019 e 2022.
O estudo do IPEA mostra que o avanço está diretamente ligado à crise econômica, ao desemprego e ao enfraquecimento das redes de apoio social. A pandemia da Covid-19 agravou a desigualdade e deixou milhares de brasileiros sem renda nem moradia, levando muitos a viver em condições de extrema vulnerabilidade.
As capitais brasileiras concentram a maior parte dessa população, mas o fenômeno também se espalha por cidades médias e pequenas. Nos grandes centros, essas pessoas enfrentam diariamente o frio, a fome e a exclusão social.
Organizações humanitárias têm cobrado do poder público políticas mais efetivas de moradia, saúde e reinserção no mercado de trabalho.
Embora algumas manchetes nas redes sociais falem em um aumento de 142%, o governo federal desmentiu esse dado. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), não há registro oficial que comprove esse salto os números verdadeiros mostram um aumento significativo, mas muito abaixo do divulgado.
O IPEA reforça que o Brasil ainda não possui um censo nacional específico sobre a população em situação de rua, o que torna urgente a criação de um levantamento contínuo e preciso para orientar políticas públicas eficazes.
