Governo avalia retorno do horário de verão em 2025/2026 para aliviar sistema elétrico

Depois de seis anos sem aplicar a medida, o Brasil pode retomar o horário de verão entre 16 de novembro de 2025 e 15 de março de 2026, como alternativa para amenizar picos de consumo de energia elétrica nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A proposta ainda depende de decisão final, baseada em estudos técnicos do setor.

O governo federal, com respaldo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), está estudando seriamente o retorno do horário de verão para o ciclo 2025-2026, como uma forma de reduzir pressão sobre o sistema elétrico, especialmente no período entre o fim da tarde e início da noite, quando o consumo cresce e as fontes solares deixam de gerar energia tão intensamente. 

Por que volta a ideia agora?

O Plano de Operação Energética (PEN) 2025, do ONS, destaca a possibilidade de que sem medidas como essa, o Brasil precisará acionar mais usinas termelétricas, que são mais caras e poluentes.  Também pesam o aumento esperado da demanda de energia nos próximos anos. Há previsões de crescimento de consumo, e preocupações quanto à segurança energética em períodos de estiagem. 

Como funcionaria se for aprovado

Se confirmado, o horário de verão deverá ter vigência de meia-noite do primeiro domingo de novembro de 2025 (provavelmente dia 16) até meia-noite do terceiro domingo de fevereiro de 2026 (ou aqui estimado 15 de fevereiro ou março) recriando o modelo que vigorou nos anos anteriores à suspensão. 

A medida contemplaria apenas algumas regiões do país: Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Norte e Nordeste ficariam fora, como já acontecia antes. 

O que está pendente

Não há decreto assinado ou anúncio oficial definitivo que confirme o retorno. Tudo está em avaliação.  Setores econômicos e de infraestrutura reclamam que precisam de tempo para se adaptar empresas aéreas, de transporte, sistemas automáticos de horário, etc.  Também há discussão política: projetos de lei no Congresso querem proibir de vez essa mudança de horário, alegando impactos na saúde, no sono, no relógio biológico. 

Possíveis impactos para o cidadão

Ajustes na rotina: acordar mais cedo com o escuro, adaptação de sono nos primeiros dias, relógios a ajustar. Possível economia na conta de luz, ao menos nos horários de pico (final da tarde). Comércio, lazer, turismo podem se beneficiar com mais luz natural no fim do dia. Problemas logísticos em fusos diferentes (quem viaja entre regiões, sistemas de transporte, horários de TV/cobertura nacional, etc.).

Conclusão: O retorno do horário de verão está de volta na pauta, com justificativas técnicas fortes, mas também com desafios práticos. A decisão final depende de estudos, articulações políticas e claro aceitação social.

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