ILHÉUS / BRASÍLIA O PSDB iniciou nos últimos dias uma articulação para tentar trazer o ex-presidente Michel Temer ao ninho tucano e avaliou a possibilidade de lançá-lo como candidato à Presidência em 2026. A movimentação, apontam interlocutores ouvidos pela imprensa, teria partido do presidente nacional da sigla, Marconi Perillo, e já circula em conversas nos corredores políticos e nas redes sociais.
Fontes ligadas à coluna que revelou a apuração afirmam que o convite foi formalizado nas conversas internas com a justificativa de que Temer pode atrair uma aliança ampla entre legendas de centro e centro-direita. A tentativa se encaixa numa estratégia do PSDB de recuperar espaço político depois de perdas eleitorais recentes e da filiação de nomes de peso.
No MDB a iniciativa foi recebida com cautela. Fontes do próprio MDB dizem que Temer presidente de honra da legenda e filiado desde 1981 teria colocado condições difíceis para aceitar qualquer migração, incluindo a necessidade de uma coalizão ampla que reunisse PL, União Brasil, PP, Republicanos e outros. Ou seja, a ideia existe nos bastidores, mas enfrenta barreiras políticas e logística de alianças.
Importante: apesar da ampla circulação do assunto nas redes e em sites regionais, até o momento não há nota oficial confirmando filiação ou aceitação por parte de Michel Temer, nem comunicado formal do PSDB detalhando a proposta. A situação, portanto, está em estágio de articulação e valorização midiática, mas não consumada.
Contexto e impacto
Se a articulação avançar esse será um movimento atípico e com risco de provocar cisões: Temer é figura com histórico de acordos amplos e também de controvérsias; a migração poderia atrapalhar projetos de nomes já cotados na direita e no centrão, além de tensionar alianças regionais. Analistas consultados em reportagens apontam que o cenário mais provável, por ora, seria Temer condicionar qualquer candidatura a uma aliança ampla, o que torna a aposta improvável, mas relevante no tabuleiro político.
