
O governo federal anunciou uma sequência de ações sociais que, na visão de analistas políticos, parecem priorizar a estratégia eleitoral em detrimento de políticas públicas de longo prazo. Após isentar o imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, reduzir a conta de luz e ampliar o Auxílio Gás, o Executivo estuda agora aumentar o Bolsa Família e implementar passe livre em ônibus urbanos.
O Auxílio Gás, lançado em setembro, deve atingir 15,5 milhões de famílias em 2026, com custo previsto de R$ 5 bilhões. Além disso, outras iniciativas ainda em estudo incluem a criação de um programa que permitirá pequenas reformas em imóveis, apelidado pelo presidente de “puxadinho”.
Especialistas em ciência política ressaltam que, lançadas em ano pré-eleitoral, essas medidas podem ter como objetivo consolidar a base eleitoral de baixa renda e fortalecer a candidatura à reeleição, mais do que atender a demandas estruturais do país. A análise aponta que o pacote social funciona como uma série de incentivos de curto prazo, que geram impacto imediato, mas não solucionam problemas crônicos, como desigualdade e déficit habitacional.
