Trump pode reagir à tornozeleira de Bolsonaro com novas sanções contra o Brasil

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que impôs tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro, proibiu contato com o filho Eduardo Bolsonaro e autorizou busca e apreensão em sua casa, pode ter efeitos além das fronteiras do Brasil. Segundo analistas políticos, a medida abriu espaço para que Donald Trump use o episódio como pretexto para retaliar o país.

Nos bastidores, a avaliação é de que a operação da Polícia Federal veio a calhar para Trump, que já vinha ameaçando aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A movimentação seria uma resposta à tentativa do presidente Lula de taxar as Big Techs norte-americanas, reacendendo a tensão comercial entre os dois países.

Para muitos, Bolsonaro tem sido usado como cortina de fumaça. O pano de fundo real seria a aproximação do Brasil com a China hoje o maior parceiro comercial do país e a pressão de Trump para proteger as gigantes da tecnologia dos EUA, segundo maior parceiro comercial do Brasil.

Na última semana, o nome de Bolsonaro foi citado por Trump de forma recorrente, sempre em tom de cobrança. Ele relaciona o episódio a uma perseguição política, e usa isso como argumento para endurecer a postura contra o governo brasileiro. Mas o foco, dizem fontes, não é apenas Bolsonaro. O real incômodo está nas falas de Lula em rede nacional, onde defendeu a regulação das plataformas digitais e criticou o domínio das empresas de tecnologia.

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