Cabo Daciolo anuncia pré-candidatura à Presidência e promete “transformar a Colônia em Nação Brasileira”

O ex-deputado federal Cabo Daciolo (ex-Patriota) voltou ao centro das atenções políticas ao anunciar oficialmente sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026. O comunicado foi feito em vídeo publicado em suas redes sociais no último dia 22 de outubro, reacendendo o estilo messiânico e nacionalista que marcou sua trajetória política.

Em tom profético, Daciolo afirmou que “o Brasil deixará de ser uma colônia para se tornar uma nação verdadeiramente livre e guiada por Deus”. A declaração repete o lema que o ex-deputado vem defendendo há anos: unir fé, patriotismo e uma crítica feroz às estruturas políticas e econômicas que, segundo ele, “mantêm o povo submisso a interesses externos”.

Retorno ao cenário nacional

Daciolo ganhou projeção nacional nas eleições de 2018, quando concorreu à Presidência da República pelo Patriota e surpreendeu ao conquistar 1,26% dos votos válidos, o equivalente a mais de 1,3 milhão de eleitores. Embora não tenha vencido, o resultado o colocou acima de nomes mais tradicionais da política brasileira à época, como Henrique Meirelles e João Goulart Filho.

Após o pleito, Daciolo chegou a se afastar da vida pública, declarando que estava em um “retiro espiritual”. Agora, em 2025, ele retorna com a promessa de “resgatar o Brasil das mãos da corrupção e dos globalistas”.

O discurso messiânico e o apelo religioso

No vídeo de lançamento, Daciolo aparece com uma Bíblia nas mãos e faz referência a passagens bíblicas, clamando pela “intervenção divina no destino da nação”. O discurso é marcado por um tom messiânico e místico, com menções a “pactos espirituais”, “governos das trevas” e ao poder da oração como ferramenta política.

Segundo ele, o país vive uma “batalha espiritual” e a mudança verdadeira virá apenas “quando o povo entender que a soberania vem do Altíssimo, e não das urnas corrompidas”.

Sem partido definido por enquanto

Apesar de ter anunciado a pré-candidatura, Daciolo ainda não confirmou sua filiação partidária. Ele mantém diálogo com pequenas legendas cristãs e grupos independentes de direita, mas nenhuma definição foi tornada pública até o momento.

Fontes próximas afirmam que o ex-deputado estuda criar um novo movimento político com base em princípios “nacionalistas e espirituais”, voltado para “cristãos patriotas e trabalhadores”.

Repercussão nas redes e na política

O anúncio rapidamente virou assunto entre apoiadores e críticos. No X (antigo Twitter), o nome “Cabo Daciolo” entrou nos trending topics poucas horas após a publicação do vídeo.

Enquanto uns celebram sua volta como “voz da fé e da verdade”, outros ironizam o tom místico e questionam sua relevância eleitoral diante da polarização esperada entre os grandes blocos políticos de 2026.

Analistas políticos veem na candidatura de Daciolo um fator de impacto simbólico: ele representa um nicho de eleitores cristãos, conservadores e nacionalistas que buscam uma alternativa fora dos eixos tradicionais de poder.

Discurso e promessas

Entre as promessas apresentadas até agora, Daciolo citou:

Revisão completa da estrutura política e do sistema eleitoral brasileiro; Defesa da soberania nacional sobre recursos naturais e estratégicos; “Despertar espiritual da nação” e valorização dos “princípios cristãos na política”; Criação de programas sociais voltados à “autossuficiência do povo brasileiro”.

Ele encerrou o vídeo afirmando: “Não será fácil, mas Deus está conosco. A vitória é certa, porque vem do Senhor.”

O que vem pela frente

Com o anúncio, Cabo Daciolo se junta à lista de pré-candidatos que começam a se movimentar para o pleito de 2026. O cenário ainda é incerto, mas sua entrada adiciona mais tempero e polêmica ao debate eleitoral.

Enquanto alguns o consideram apenas uma figura folclórica, outros acreditam que o ex-deputado pode canalizar parte do eleitorado evangélico e antiestablishment, sobretudo entre os descontentes com a velha política.

O fato é que Daciolo volta com o mesmo fervor de 2018 e promete que, desta vez, “a missão é divina e inegociável”.

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