Autoescolas temem alta taxa de cancelamentos caso governo confirme o fim da obrigatoriedade dos cursos para CNH

O setor de formação de condutores está em alerta. Desde que o governo federal anunciou a proposta que pode acabar com a obrigatoriedade dos cursos em autoescolas para tirar a CNH, empresários e sindicatos do segmento relatam queda na procura e aumento de cancelamentos, ainda que não existam números oficiais sobre a dimensão desse impacto.

Segundo a Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto), muitos alunos interromperam o processo de formação acreditando que as novas regras já estão valendo, o que não é verdade. A proposta ainda está em discussão e não há previsão de implementação imediata.

Apesar da ausência de dados consolidados, representantes do setor afirmam que o clima é de preocupação. O principal temor é que, caso a mudança avance, ocorra uma onda de cancelamentos e demissões em massa, afetando mais de 15 mil empresas e cerca de 300 mil profissionais que dependem da atividade.

De outro lado, o governo defende que a flexibilização das regras poderia reduzir o custo da habilitação em até 70%, tornando o acesso à CNH mais democrático, especialmente para as classes mais baixas.

Até o momento, não há estudo ou pesquisa oficial que comprove o aumento de cancelamentos nas autoescolas. O que existe são relatos pontuais de queda na demanda e preocupação crescente com o futuro do setor.

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