
Lauriza Pereira de Brito, de 24 anos, e seu companheiro, Deivisson Moreira, de 38 anos, foram presos na quarta-feira (15) em Belo Horizonte sob suspeita de matar o filho dela, Arthur Pereira Alves, de 9 anos.
O crime ocorreu em 23 de agosto, na residência da família, no bairro Flávio Marques Lisboa região do Barreiro. Na ocasião, Lauriza e Deivisson alegaram que o menino havia se machucado na escola, versão que foi contestada após análise pericial revelar múltiplas agressões.
Durante o inquérito, Lauriza confessou ter dado chineladas e tapas no abdômen e nas costas do filho. Ela admitiu que estava sob efeito de cocaína e disse que “passou do ponto”. O padrasto nega ter presenciado as agressões, mas as contradições entre os depoimentos levantaram dúvidas sobre sua eventual participação ou conivência.
O Conselho Tutelar precisou intervir para resguardar os outros dois filhos do casal um menino de 6 anos e um bebê de 6 meses. Eles foram removidos para acolhimento institucional por risco à integridade física e emocional.
A Justiça decretou prisão temporária de 30 dias para o casal enquanto o inquérito segue em curso. A Polícia Civil pretende ouvir testemunhas, produzir perícias complementares e definir autoria.
Lauriza foi encaminhada ao Presídio de Vespasiano; Deivisson permanece no Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte.
Esse caso chocou pela brutalidade, e reacende discussões urgentes: como prevenir a violência extrema dentro de casa? Até quando aquelas vozes silenciadas vão esperar por justiça?
