Paraguai processa 15 estudantes brasileiros de Medicina por uso de certificados falsos

O Ministério Público do Paraguai denunciou, em 8 de outubro de 2025, 15 estudantes brasileiros matriculados em cursos de Medicina no país, acusando-os de apresentar certificados falsos de estudos para tentar “pular” etapas da formação acadêmica. O processo tramita pela Unidade Penal nº 11, em Ciudad del Este. 

Como o caso veio à tona

A Universidade Politécnica e Artística do Paraguai (UPAP), em Ciudad del Este, identificou inconsistências nos históricos e documentos apresentados por candidatos em processos de transferência. Ao confrontar os documentos com as instituições que supostamente os emitiram, constatou-se a falsificação, o que levou à denúncia junto ao Ministério Público. 

Universidades denunciadas negaram ter emitido os certificados falsos apresentados:

Universidade Privada María Serrana afirmou que 7 dos documentos não constavam em seus arquivos oficiais.  A Universidade María Auxiliadora, a Universidad Internacional Tres Fronteras e a Universidade Sudamericana também rejeitaram a autenticidade dos documentos atribuídos. 

Motivo e estratégia dos investigados

Segundo as investigações, o objetivo era aproveitar certificados falsos para reduzir o tempo de curso “pular” de um a dois anos da graduação.  Os estudantes teriam apresentado documentos fraudulentos para obter equivalências acadêmicas ou transferências com vantagem. 

Medidas cautelares e restrições

A promotora Julia González solicitou ao Juizado Penal de Garantias que fossem impostas medidas restritivas aos acusados, em vez de prisão preventiva. Entre elas, destaca-se:

Proibição de deixar o Paraguai sem autorização judicial Obrigação de comparecimento periódico ao tribunal enquanto durar o processo 

Os nomes dos estudantes não foram divulgados. 

Repercussão e contexto

O caso ganhou repercussão entre estudantes brasileiros que buscam formação médica no Paraguai destino comum para quem quer acesso a curso com requisitos mais flexíveis e mensalidades mais baixas.  A denúncia serve de alerta sobre a gravidade do uso de documentos falsos e os riscos legais envolvidos.