O Ministério da Saúde confirmou, nesta quinta-feira (2), que o Brasil já registra 59 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Desse total, 12 já foram confirmados em laboratório, todos no estado de São Paulo. Também foi confirmada uma morte na capital paulista, enquanto outras sete ocorrências estão em investigação, sendo duas em Pernambuco, três em São Paulo e duas em São Bernardo do Campo.
O metanol é um álcool altamente tóxico e impróprio para consumo humano. Seus sintomas iniciais podem se confundir com os efeitos da ingestão de bebidas alcoólicas comuns, como náuseas e dor abdominal. No entanto, a intoxicação pode evoluir rapidamente para visão turva, convulsões, coma e até morte.
Diante da gravidade, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a criação de uma sala de situação para monitorar os casos. O governo já liberou estoques de etanol farmacêutico, considerado antídoto eficaz contra o metanol, em hospitais universitários, além de iniciar a compra emergencial de 5 mil tratamentos. Também foram mobilizadas 604 farmácias de manipulação em todo o país para a produção do medicamento.
Além disso, a Anvisa foi acionada para negociar com agências reguladoras de outros países e empresas privadas da Índia e dos Estados Unidos, garantindo a importação do fomepizol, um antídoto alternativo ao etanol farmacêutico.
Padilha reforçou que não há expectativa de aumento expressivo no número de casos, mas que todas as ações são preventivas:
a Nós fazemos isso por precaução, porque somos responsáveis diante de uma situação anormal.
