A fila de requerimentos para benefícios previdenciários e assistenciais do INSS bateu 2,6 milhões em agosto de 2025, segundo dados do boletim Transparência Previdenciária do Ministério da Previdência. Isso representa um crescimento de cerca de 136% em comparação ao mesmo período de 2024, quando a fila era de aproximadamente 1,1 milhão de pedidos.
Desenvolvimento:
O aumento da fila em relação a julho de 2025 foi de ~65.238 novos requerimentos. A fila de perícia médica está em cerca de 779 mil pedidos acumulados. O tempo médio para concessão dos benefícios ficou em 42 dias levando em conta tanto processos rápidos quanto os mais demorados. Entre os fatores que contribuem para o represamento estão mudanças legislativas recentes, exigências burocráticas, necessidade de apresentação de documentos e demora em perícias médicas.
Medidas do governo:
O Executivo sancionou lei de bônus para servidores do INSS por produtividade para quem adianta ou analisa mais processos; Mutirões de atendimento extras, inclusive fins de semana, estão sendo usados para tentar acelerar a concessão dos benefícios; O Programa de Gerenciamento de Benefícios também já está sendo implementado, com metas de reduzir prazos de análise.
Contexto e implicações:
Esse é um dos maiores níveis de espera desde 2019. Aumento expressivo da pressão social: pessoas que dependem desses benefícios estão mais vulneráveis enquanto aguardam; atrasos prejudicam famílias financeiramente. A demora representa também um custo futuro para o governo, pois muitas concessões de benefício são pagas com efeitos retroativos. O acumulado de espera gera setor previdenciário com grande passivo.
Conclusão:
A fila de espera do INSS, mais do que números, vai mostrando uma urgência real de atuação: aprimorar processos, investir em tecnologia, efetivar mutirões, melhorar a gestão documental e humanizar o atendimento. O objetivo declarado é aliviar esse gargalo ainda em 2025, mas para isso, medidas efetivas e contínuas serão fundamentais.
