O Brasil manteve a segunda colocação no ranking mundial de juros reais, de acordo com levantamento da consultoria econômica MoneYou. A posição foi confirmada após a decisão unânime do Banco Central (BC) de manter a taxa Selic em 15%, anunciada nesta quarta-feira (17). Esta foi a segunda manutenção seguida desde o fim do ciclo de aperto monetário, encerrado em julho.
Com a decisão, a taxa real brasileira calculada pelo juro nominal descontada a inflação deve alcançar 9,51% nos próximos 12 meses. O índice coloca o Brasil atrás apenas da Turquia, que lidera o ranking global com 12,34%. O levantamento considerou 40 países distribuídos entre as Américas, África, Ásia, Europa e Oceania.
A Selic permanece, assim, no maior patamar desde 2006. Para o mercado financeiro, a primeira redução deve ocorrer apenas em 28 de janeiro de 2026, quando está marcada a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de um corte inicial de 0,25 ponto percentual, que levaria a taxa para 14,75%.
Analistas destacam que a decisão do BC busca manter a ancoragem das expectativas de inflação, mas reforçam que o patamar elevado dos juros continua pressionando o crédito, o consumo e os investimentos no país.
