Falta homem no Brasil? Mulheres são maioria da população do país

Cadê os homens? O Brasil vive um desequilíbrio demográfico cada vez mais evidente. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua 2024), divulgada pelo IBGE, existem hoje 92 homens para cada 100 mulheres.

Os números se tornam ainda mais expressivos quando observamos os recortes por faixa etária e por estado. No Rio de Janeiro, entre pessoas com mais de 60 anos, a proporção despenca para 70 homens a cada 100 mulheres. Em São Paulo, na mesma faixa, o número chega a 77 homens. E em Salvador, a capital mais feminina do país, são apenas 83,8 homens para cada 100 mulheres, reforçando que a população masculina está em desvantagem também nas grandes cidades baianas.

Já em estados como Tocantins e Santa Catarina, ocorre o inverso: são 105,5 homens por 100 mulheres no Tocantins e praticamente um equilíbrio em Santa Catarina, com 100,9.

No Censo 2022, o Brasil já registrava 104,5 milhões de mulheres contra 98,5 milhões de homens, ou seja, cerca de 6 milhões de mulheres a mais. Esse cenário se intensifica com o envelhecimento populacional e a queda da taxa de natalidade.

Especialistas apontam duas principais razões para esse desequilíbrio:

Causas externas, como acidentes graves e violência urbana, que vitimam mais homens. Expectativa de vida maior das mulheres, associada ao cuidado mais frequente com a saúde.

Esse retrato impacta diretamente em políticas públicas, mercado de trabalho, previdência e até no próprio convívio social. Afinal, não se trata apenas de números: é uma transformação silenciosa da pirâmide populacional brasileira.

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