
O governo federal enviou ao Congresso, nesta sexta-feira (29), o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026, prevendo salário mínimo de R$ 1.631. O valor representa aumento de 7,28% em relação aos atuais R$ 1.518 pagos em 2025.
O reajuste é resultado da nova regra de correção, que considera a inflação acumulada até novembro do ano anterior, somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Na prática, o cálculo inclui os 4,78% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro de 2025, mais 3,4% de crescimento do PIB de 2024.
Apesar disso, a valorização não chega aos 8,18% que a fórmula sugeriria, por conta do teto que limita o aumento real a 2,5% acima da inflação.
O valor final pode ainda sofrer ajustes em dezembro, dependendo da variação do INPC até o fechamento do ano. Caso a inflação supere as projeções, o governo enviará uma mensagem modificativa ao Congresso para atualizar a proposta.
O anúncio divide opiniões: de um lado, especialistas afirmam que o reajuste ajuda a recompor perdas e garante aumento real; do outro, trabalhadores reclamam que o valor continua insuficiente diante do custo de vida elevado no país.