
Baseado em exames de 64 voluntários, o estudo detectou aumento da espessura da córnea e queda na densidade de células endoteliais cerca de 2 meses após a segunda dose.
“Um estudo recém-publicado na Ophthalmic Epidemiology, conduzido por cientistas turcos, aponta que 75 dias após a segunda dose da vacina da Pfizer, houve uma elevação de aproximadamente 2% na espessura corneana e uma queda de 8% na densidade de células endoteliais. Essas células, que atuam como ‘bombeiras’ mantendo a transparência ocular, não se regeneram. Apesar dos dados, nenhum voluntário relatou sintomas visuais ou perda de visão, e os resultados são considerados dentro da faixa de segurança para adultos saudáveis. A preocupação é com pessoas com condições prévias, como transplantes ou distrofias corneanas, que podem exigir acompanhamento oftalmológico mais rigoroso.”
Panorama do Estudo Turco
O estudo analisou 64 pessoas (128 olhos) antes e cerca de 75 dias após a segunda dose da vacina Pfizer‑BioNTech, utilizando exames de imagem de alta precisão, como topografia corneana Sirius e microscopia especular Tomey EM‑4000.
Principais achados:
Espessura da córnea aumentou ~2%, de 528 µm para 542 µm . Densidade das células endoteliais caiu ~8%, de 2.597 para 2.378 células/mm² . Proporção de células hexagonais caiu de 50% para 48%, e o coeficiente de variação no tamanho das células subiu de 39 para 42 ambos sinais de stress celular.
Essas células não se regeneram, então qualquer queda é irreversível ainda que dentro de limites considerados seguros para adultos saudáveis.
🧠 O que isso quer dizer?
Nenhum participante relatou perda de visão ou sintomas visuais, mas os indicadores sugerem estresse corneano ou inflamação sutil . Pessoas com histórico ocular comprometido, como transplantes, distrofia de Fuchs, cirurgias ou baixa contagem de células endoteliais, podem estar em maior risco para desenvolver edema corneano, bullous keratopathy ou descompensação.
✅ Reação de especialistas e contexto
O estudo não recomenda contra a vacinação reforça que os benefícios superam os riscos . Autoridades como a FDA e outras já reconheceram efeitos adversos raros em vacinas mRNA como **miocardite em jovens homens mas seguem defendendo a vacinação com base na proteção geral à saúde pública. A recomendação: monitoramento oftalmológico regular para grupos mais vulneráveis, usando microscopia especular para verificar saúde endotelial.
🧠 Conclusão do estudo:
A vacina da Pfizer contra a COVID-19 pode causar mudanças sutis na córnea, mas os efeitos observados não provocaram sintomas visuais e, até o momento, não representam risco clínico direto para a maioria das pessoas.
💡 No detalhe:
As alterações na espessura e na densidade celular foram estatisticamente significativas, mas ainda dentro dos limites fisiológicos considerados normais. Não houve relato de desconforto, dor ocular, visão turva ou qualquer sintoma funcional nos participantes. O estudo não recomenda a suspensão da vacinação, apenas sugere monitoramento oftalmológico em pacientes com histórico de doenças corneanas ou transplantes.
📍 Tradução direta do que os cientistas quiseram dizer:
“Calma. Observamos mudanças que merecem mais estudos, mas não há evidência de que isso cause prejuízo visual na prática especialmente em pessoas saudáveis.”
