Fraude bilionária no INSS segue sem culpados quatro meses após operação da PF

Quatro meses após o início da Operação Sem Descontos, que investiga fraudes em descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, os principais responsáveis pelo esquema continuam sem ser identificados.

Apesar de a Polícia Federal já ter cumprido mandados de busca, apreensão e prisão em 13 estados e no Distrito Federal, as investigações seguem sem apontar com clareza quem está por trás do rombo milionário.

Especialistas afirmam que a estrutura criminosa é altamente complexa e sofisticada, o que dificulta os avanços das investigações. O advogado criminalista Paulo Klein aponta que o processo exige autorizações judiciais para quebra de sigilo bancário e fiscal — etapas que tornam o rastreamento mais lento. Ele ainda ressalta que os fraudadores utilizam estratégias elaboradas, exigindo apuração detalhada.

Outro obstáculo citado é o uso de “laranjas” e associações com CNPJs falsos, que mascaram a identidade dos articuladores. Segundo Raimundo Nonato, presidente da Associação Brasileira de Defesa dos Clientes e Consumidores de Operações Financeiras e Bancárias, essas práticas levantam dúvidas sobre a jurisdição do caso e reforçam a necessidade de colaboração entre diferentes órgãos.

Enquanto os responsáveis seguem à sombra, milhares de aposentados e pensionistas ainda esperam respostas.

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