
A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp/SBC) levantou um grande alerta. Em 2024, foi divulgado que energéticos são ciladas perigosas para a saúde cardíaca, até mesmo entre os jovens . Segundo o cardiologista Dr. José Francisco Kerr Saraiva, já uma única lata pode acelerar os batimentos cardíacos — independente de condições pré-existentes .
O Dr. Nabil Ghorayeb, especialista em medicina esportiva, explica que energéticos são basicamente “concentrado de cafeína e taurina num coquetel adocicado” e causa apenas “redução da sonolência” .
Efeitos que preocupam
Taquicardia e arritmias — o coração dispara, levando a palpitações, tontura e até desmaios . Aumento da pressão arterial — risco ainda maior quando há consumo simultâneo com álcool . Complicações extremas — casos de infarto agudo do miocárdio, AVC, e até trombose coronária já foram relatados . Sintomas colaterais — além do coração, podem gerar nervosismo, insônia, tremores e desidratação .
Casos reais e preocupantes
No 44º Congresso da Socesp, foi apresentada uma trombose coronária em um paciente de 28 anos após ingestão de energético, com infarto detectado por cateterismo, mesmo sem histórico ou fator de risco . A Agência Brasil reportou uma jovem de 28 anos que sofreu infarto fulminante e convulsões após consumo exagerado .
Por que os jovens estão mais vulneráveis?
Muitos acreditam ser “inofensivo” e consumem junto com álcool ou durante exercícios físicos — aumentando o perigo . A cultura do “força e desempenho” na academia, festas ou final de expediente disfarça a real toxicidade dessas bebidas .
Conclusão e recomendações
Mesmo uma única lata pode desregular o ritmo cardíaco de forma perigosa. Jovens aparentemente saudáveis podem sofrer eventos graves: taquicardia, arritmia, infarto, AVC, trombose. O uso associado a álcool ou exercício aumenta exponencialmente o risco. A Socesp / SBC recomenda evitar totalmente o consumo de energéticos por pessoas com menos de 18 anos, ou com qualquer condição cardiovascular .
Repercussão pública e ações possíveis
Educação urgente nos colégios, academias e ambientes festivos. Rótulos mais claros e restrições à venda para menores. Médicos devem questionar uso de energéticos em jovens com sintomas como taquicardia, palpitações ou dores no peito.
